O que APRENDI sobre falar dos meus livros na internet:
Leva as pessoas por detrás da cortina
Quando um pintor fala do seu trabalho, pode estar a falar de duas coisas:
a peça terminada pendurada na galeria.
o trabalho do dia-a-dia: a procura por inspiração, o ato de pintar, ect.
Temos a “pintura” e “pintar”. Há uma grande distinção entre o produto e o processo.
Tradicionalmente, foi dito para os artistas se esconderem.
David Bayles escreveu em Art and Fear: para todos os que assistem, o que importa é o produto. Para ti, o artista, o que importa é o processo.”
Antes da era digital, a única forma que o artista podia conectar-se com a sua audiência era a partir de um show numa galeria ou a apresentação de um livro.
Hoje, pelas redes sociais e a internet em geral, um artista pode partilhar o que quiser.
E se quiser, pode faze-lo SEM CUSTOS.
O artista pode decidir quanto quer partilhar. O que quer partilhar. Pode postar fotos do seu escritório. Pode falar sobre a inspiração do livro que está a escrever. Pode partilhar o seu processo de escrita.
O problema de só partilhar o produto final, é que, as pessoas estão interessadas em pessoas. Se estão interessadas nas tuas personagens, estão de certeza interessadas na vida de escritor.
Melhor ainda, por publicares frequentemente sobre o teu processo de escrita, vais criar uma relação genuína com os teus leitores. Os leitores vão conhecer a pessoa por detrás da arte. E isso muito valioso. E custa-te nada.
Mas como é que eu faço isso?
Documentas o que tu fazer.
As palavras chave aqui são “documentário” e “fazer”.
Ou seja: primeiro tens que fazer alguma coisa. Escrever. Rever. Enviar para as editoras. Tem que haver movimento de alguma forma. (riscar capítulos também é interessante).
E depois, “documentar”. Austin Kleon fala em “mostrar os restos de papel que ficaram no chão (ele faz colagens)”.
Tira fotografias do teu trabalho em várias fazes do processo.
Fala sobre os altos e os baixos de escrever.
Fala sobre o quanto — ou não — escreveste.
Fala sobre os livros que mais te inspiraram.
Fala sobre as tuas preocupações como autor.
Este é um exemplo da autora Bethany Atazadeh.
Estes dois posts são excelentes opções para quem ainda não publicou nada.
Se já publicaste um livro ou dois:
então podes fazer o melhor:
podes falar sobre o DESAFIO de ter publicado o livro: o que correu bem? O que correu mal? O que te surpreendeu? O que farias diferente?
10 min por dia são 50 horas por ano. Serão suficientes para partilhares um bocadinho da tua escrita?
Partilha um bocadinho da tua escrita por dia.
Os resultados que queres, vêm do que fazes todos os dias.
És aquilo que fazes.
Por isso, promete a ti próprio que vais partilhar um bocadinho todos os dias.
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