Eu era aquela pessoa que, quando me diziam que tinha que criar uma newsletter, rodava os olhos.
Para quê? Eu não tenho nada para dizer (diz quem não se cala). Ninguém me quer ouvir falar (simplesmente não é verdade).
E aqui estou, com uma newsletter.
Na era digital, as newsletters se tornaram uma ferramenta crucial para os escritores se conectarem com seu público e construírem uma forte comunidade de leitores.
No mundo digital, parece que as redes sociais enchem todo o “espaço digital”. Mas não é verdade. Ainda usamos o email! O email!!!!
E se pretendes vender alguma coisa, principalmente livros:
Acreditamos que os leitores são capazes de ler por mais do que 6 segundos
Acreditamos que esses leitores têm email, e o usam todos os dias.
Estudos de marketing afirmam que, é mais provável investires nos produtos que descobres pelo email, em confronto com as redes sociais.
Assim,
Precisas de uma newsletter.
São uma forma produtiva de te manteres em contacto com os teus leitores.
São um espaço ideal para atualizações sobre os teus últimos trabalhos e projetos futuros.
Há menos concorrência pela sua atenção, já que o que rodeia a tua mensagem na inbox do teu leitor são emails do trabalho ou da faculdade - que o leitor não quer abrir.
São uma forma de “permission marketing” - os leitores só recebem se quiserem.
Chega a todos, ao contrário do teu conteúdo nas redes sociais, que não chega a todos os teus seguidores.
Há uma ligação mais profunda com os fãs mais leais e dedicados, com maior probabilidade de recomendar seu trabalho a outras pessoas.
Como começar?
Não há começos perfeitos.
A minha newsletter é mais um blog, do que uma própria newsletter - graças à plataforma do Substack.
Mas se criares um site com uma plataforma paga, tipo Squarespace ou Wix, estas opções vão incluir no pacote um host que te deixa enviar emails até x número de subscrições. Também há serviços de graça, como mailerlite e convertkit até 500 emails.
Substack é de graça. Tanto para 3 emails na tua lista, como 30 mil. Se não tens a certeza, ou não queres pagar, substack não é uma má opção, embora eu não começaria com esta plataforma novamente.
O que eu faria se começasse hoje?
Começava uma conta no Convertkit, criava um freebie. (mais abaixo)
Começava também aqui no Substack, para contos e dicas literárias.
Mas nada é perfeito. Está feito, e agradeço muito pelos que me acompanham!
A única coisa de que me arrependo foi não ter começado mais cedo. Cliche. Eu sei. Mas é a verdade. A verdade. Que é triste.
Mas como é que eu convenço as pessoas a subscrever?
Um freebie. Normalmente - porque com o substack eu não consigo enviar um freebie. (mas estou a resolver isso).
Cria um download para que a tua audiência quererá. Em troca do email deles.
Podes oferecer um conto em pdf, é o ponto mais comum num autor.
Podes mudar o freebie sempre que quiseres.
Mas o que escrevo na minha newsletter?
Primeiro, terá que ser que tu, como autor, deveria de querer subscrever.
É suposto falares sobre ti e os teus livros. Mas nada é obrigatório.
Podes partilhar histórias dos bastidores. Podes mostrar fotos dos teus apontamentos. Podes partilhar a inspiração para a tua história.
Os problemas que estás a infrentar é provavalmente os mesmos que outros escritores enfrentam. Se falares sobre as soluções que encontraste, ajudas outros autores.
PENSA NO QUE OS LEITORES QUEREM LER.
Podes recomendar livros de outros autores que gostaste. Se leem, então gostam de recomendações de livros… podes começar por aí.
Se criares uma newsletter, eu sigo-te. Manda-me DM no insta.
Mas mesmo que ainda não te tenha convencido, experimenta. O que pode acontecer?
As minhas newesletters têm erros ortográficos, têm coisas de que me arrependo de dizer, e então? Quando morrer, ninguém se vai recordar disto. Espero que, se deixar alguma coisa que fique aqui quando eu morrer, que sejam os livros.
Então o que interessa se eu errar, se ninguém se vai lembrar disto de qualquer forma?
Se eu escrevo na terceira pessoa, este é o lugar onde escrevo na primeira.