Estou farta de perder concursos literários.
Já perdi tantos concursos literários que é de loucos.
Quando o meu conto não foi escolhido para a Antologia “Despudor” da Trebaruna, fiquei bastante triste. Fiquei triste porque pensava que o meu trabalho não valia nada. Mas não ser selecionada para o concurso ou para a antologia, ou ser rejeitada da revista literária, não importa. Os contos de Ray Bradbury foram rejeitados 800 vezes. Por isso eu estou no bom caminho.
Não pedia feedback e editava o meu trabalho sozinha.
Embora a escrita seja um trabalho solitário, a edição é um trabalho coletivo. Há coisas que eu não sei, há coisas que eu não vejo, e que outras pessoas vêm com clareza.
Agora, no fim de cada rascunho do meu livro, é lido por outras pessoas, e só depois de ter novo feedback, é que volto ao livro.
Não documentava o processo
Documentar o processo é literalmente mostrar o que faço, quando o fizer.
Os escritores estão obcecados com o produtor final. O livro publicado. A foto do livro nas livrarias, o lançamento. Há 15 anos atrás, so quando o livro estava publicado é que o escritor podia conhecer e relacionar-se com os leitores. Hoje isso não é verdade.
Podes criar uma comunidade de leitores à tua volta por mostrar os bastidores.
Eu falava sobre escrita nas redes sociais, quando podia apenas ter falado do que já tinha escrito, mas na minha cabeça, ninguém queria saber do que eu tinha escrita.
Comunidade é o mais importante
Os teus leitores são o mais importante. São os únicos que vão contigo para qualquer lado. São os leitores que importam.
Eu não acreditava na minha escrita, porque ninguém acreditava na minha escrita
Ninguém quer saber que eu escrevo. Ninguém lê. Não conheço nenhum escritor.
E?
“Tu nunca vais conseguir”.
E? Ok. Ninguém acredita em ti. E? Serão eles que lerão o teu livro? Claramente não.
A opinião dos outros não importa. Toda a gente diz isto, mas é significativo. E se ninguém acreditar em ti? Tudo bem. Continua a escrever.
Quando comecei a escrever, em minha casa, não se falava sobre a escrita ou a leitura. E eu continuei a escrever. E mesmo assim, ninguém quis saber. Ninguém quer saber e está tudo bem.
A crença dos outros na minha escrita não decide/determina a minha crença na minha escrita e na minha carreira.
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