4 perguntas para garantir que a EDITORA aceita o teu primeiro livro
Então tu queres publicar um livro em Portugal.
Estás a mandar emails às editoras tradicionais, mas a estratégia não está a funcionar….
Ficam aqui 4 perguntas, ou 4 afirmações que garantem que a editora vai aceitar o teu livro.
1. o teu primeiro livro está estruturado em 3 atos
tem um primeiro ato forte:
o primeiro capítulo prende o leitor
as primeiras páginas explicam o que é que a personagem quer, e os obstáculos que enfrenta
o teu livro cumpre os 3 atos, acertando nos “pontos clássicos” do teu género literário
se for um policial, alguém morre antes do final do primeiro ato.
se for um romance, duas pessoas beijam-se antes do meio do livro, e no climax separam-se por alguma razão (chama-se o “second act break up” - e qualquer escritor de romance sabe que isto acontece)
se for um thriller, seguimos do ponto de vista de um criminoso a tentar fugir da polícia.
Isto prova que tu sabes o que estás a fazer. Podes não acreditar na estrutura, ou querer ser “original”, mas no teu primeiro livro, tens de mostrar à editora e ao leitor que sabes contar uma história.
Sê original no futuro. Agora precisas de um contrato.
2. o teu primeiro livro tem menos de 80 mil palavras
Perto de mim há um polo da biblioteca local, onde vão muitos escritores apresentarem os seus livros. Eu costumo aparecer, para que a sala não esteja vazia.
Houve um escritor, que não me recorda o nome, mas publicou o seu romance com a Cordel de Prata, que famosamente me bloqueou no instagram. Eu tinha medo que não aparecesse ninguém, então, eu apareci. E depois de eu entrar na sala, os amigos dele encheram a sala: pessoas que ele convidou.
Nada de mal com isso, eu não sei o que isso é…
Mas o que eu até hoje relembro daquela apresentação, é a seguinte frase:
“pediram-me para um cortar o livro para menos de 400 páginas. eu podia ter dividido o livro a meio e feito dois, para ganhar mais dinheiro, mas eu decidi cortar o livro.”
Primeiro, o livro não ia fazer dinheiro nenhum e não, por isso a frase é ridícula.
Segundo, nem a Cordel de Prata, depois do autor lhes entregar 1500 euros, quer imprimir livros grandes.
Imprimir livros grandes torna o risco de publicar um livro num risco bem maior.
editar o livro é mais caro, porque demora mais tempo
a revisão é mais cara
aumenta o custo com papel
o livro perde competitividade nas lojas porque outros “iguais” são mais baratos
Sendo um novo autor, a editora tem medo.
(tal como a editora tem medo se for um livro pequeno e não seguir uma estrutura tradicional)
Por isso, para aumentar as tuas chances, corta o livro.
3. o teu livro encaixa-se num género literário (ou seja, é semelhante) a um livro que aquela editora tenha editado nos últimos 12 meses, e tenha sido um sucesso de vendas
A editora quer copiar o sucesso que já teve.
Por isso a editora vai ajudar-te se tu a ajudares a editora a copiar o sucesso que já teve.
No email, tens de mostrar como é que o teu livro é semelhante a esse outro livro que teve sucesso.
4. a tua carta de apresentação do livro (o corpo do email) é personalizado à editora e envias para o email pessoal do editor
As editoras recebem 200 emails por semana.
O editor que está por detrás da tela do computador, no email pessoal, recebe 20 emails.
Há uma diferença.
Provavelmente o email profissional do editor com que sonhas trabalhar está no linked in. Ou outro autor pode ajudar-te.